No dia 19 de maio, celebra-se o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, uma data que chama a atenção para um problema comum, mas muitas vezes subestimado: a dor de cabeça frequente.
No balcão da farmácia, é uma das queixas mais recorrentes, e também uma das que mais exigem atenção, conhecimento técnico e empatia na abordagem.
O papel do farmacêutico: além do analgésico
Em muitos casos, o cliente já chega pedindo um medicamento específico. Cabe ao farmacêutico conduzir a conversa com responsabilidade, avaliando se há histórico de uso frequente, fatores associados ou sinais de alerta.
Boas práticas de abordagem:
- Ouvir com atenção: pergunte sobre frequência, intensidade e possíveis gatilhos (estresse, alimentação, insônia).
- Evitar a automedicação crônica: oriente sobre os riscos do uso excessivo de analgésicos, como o efeito rebote.
- Reforçar a importância do diagnóstico: dores de cabeça frequentes devem ser investigadas por um profissional de saúde.
Sugestão de produtos com base no perfil do cliente
A recomendação deve considerar idade, histórico de saúde, outras medicações em uso e preferências do paciente.
Opções possíveis:
- Analgésicos comuns: paracetamol, dipirona e ibuprofeno (com orientação clara sobre dosagem e intervalo).
- Fitoterápicos: produtos à base de ginkgo biloba, lavanda ou melissa podem ser indicados em casos leves ou para auxiliar no controle da tensão.
- Suplementos: magnésio, vitaminas do complexo B e coenzima Q10 vêm sendo associados à prevenção de alguns tipos de cefaleia.
Sinais de alerta que exigem encaminhamento médico
Orientar o cliente a procurar ajuda especializada é uma atitude responsável, e que gera confiança.
Encaminhe-o ao médico se houver:
- Dores intensas e súbitas;
- Mudança no padrão da dor;
- Associação com febre, rigidez na nuca, vômito ou alterações visuais;
- Dor de cabeça após trauma;
- Falta de resposta aos medicamentos usuais.
Atendimento com empatia e informação
A confiança do cliente se constrói com clareza, escuta ativa e cuidado contínuo. Ao tratar a queixa de dor de cabeça com responsabilidade, o farmacêutico reforça seu papel como profissional de saúde e torna a farmácia uma referência para quem busca alívio com segurança.